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segunda-feira, 18 de março de 2013

Uhuu! Comedown Machine Rocks!

"Quando se tem um submarino, qualquer garota quer ficar com você."
- Eu Mesmo

NÃO ENTRE EM PÂNICO! Galerinha, nem acreditei quando, após o dia todo procurando cantos para ouvir as músicas de Comedown Machine, mas devido a uma grande improbabilidade, finalmente encontrei aqui. Algumas curti demais; outras, é só uma questão de tempo...
Vou deixar vocês mesmo ouvirem e tirarem suas conclusões, mas se quiserem descrições e opiniões "oficiais", aqui tem uma matéria publicada no thestrokesbrasil, que adaptou do blog da NME:


1) Tap Out
Uma advertência justa: de modo geral, ‘Comedown Machine’ é provavelmente o que soa menos “Strokes”. Isso vai ser uma bandeira vermelha para quem esperava por um retorno à estética dos dois primeiros álbuns, mas em nome da integridade artística (leia-se: o amor do líder por teclados) eles seguiram em frente, e ‘Tap Out’ é prova de que isso não precisa ser algo ruim. Abrindo com um incongruente paroxismo de seis segundos de guitarra, a faixa logo se instala em uma versão mais suave do tilintar de garrafas de coca-cola de ‘Don’t Stop Till You Get Enough’, enquanto Julian (embora em uma voz mais alta, mais frágil do que o habitual) ainda soa reconfortante como Holden Caulfield colocando os movimentos, dando de ombros que “Even though I really like your place/ Somehow, we don’t have to know each other’s name.” (“Mesmo que eu realmente goste do seu lugar/ de alguma forma, não temos que saber o nome um do outro.”)

2) All The Time
Descrita pela estação de rádio que noticiou sua existência como tendo um “som clássico Strokes”, ‘All The Time’ é de fato a grande do álbum, o osso reluzente jogado, uma música que vai fazer você querer tirar da gaveta os velhos e desintegrados jeans de 2002 e ganhar seis meses no registro de Sex Offenders (ofensores sexuais) por usá-las em público novamente. Valeria a pena, também: a partir da forma como ela entra em movimento com um golpe de percussão repente, para a serpentina do solo de guitarra de Nick Valensi, a inconfundível vibe de ‘Room on Fire’ correndo por toda parte, isso é rock’ n ‘roll como só The Strokes pode fazer. A melhor parte, porém, é a letra que parece zombar o torturante processo criativo da banda: “All the time that I need is never quite enough, all the time that I have is all that’s necessary.” (“Todo o tempo que eu preciso nunca é o bastante, todo o tempo que eu tenho é tudo que é necessário.”)
3) One Way Trigger
Bem, é certamente… diferente. Dada a resposta tóxica com que ela foi recebida, nós estamos indo em frente e presumimos que você vai ficar aliviado ao ouvir que ‘One Way Trigger’ não é um tipo de teste para ‘Comedown Machine’. Se nós estamos sendo honestos, porém, ainda não entendemos todo o ódio que houve por ela: claro, não é o Strokes vintage e o gancho de teclado de A-ha é um pouco desconcertante, mas ela eventualmente cresce em você. Dito isso, ao ouvir o homem que escreveu ‘Barely Legal’ cantar sobre como é difícil encontrar o cão certo para sua acolhedora enclave suburbana só serve para lembrar que o tempo faz uma paródia de todos nós.
4) Welcome To Japan
Uh-oh, parece que alguém cheio resolveu vir com uma dose de funk (lembrando, ‘funk’ na gringa tem outro sentido). Sim, nós sabemos o que você está pensando: isso deve ser horrível, mas de alguma forma acaba sendo muito divertido, com as linhas de baixo malucas e elásticas de Nikolai Fraiture, subjacentes a um suporte Franzian em discoteca definitiva. Green Day recentemente tentou algo semelhante e foi alvo de risadas, mas os Strokes parecem estranhamente adequados a ela; a música tem muitas peças móveis para manter todos os membros ocupados, enquanto Casablancas – exigindo saber “What kind of asshole drives a Lotus?” (“Que tipo de imbecil dirige um Lotus?”) – está em forma ricamente sardônica.
5) 80’s Comedown Machine
A partir do momento em que você ouve os ecos dos pulsantes batimentos cardíacos da bateria de Fab Moretti, você sabe que algo está acontecendo. Com certeza, o mellotron não está muito longe, fazendo aquela coisa fantasmagórica de ‘Strawberry Fields’ que parece ser o único propósito do instrumento. Então os murmúrios machucados de Julian entram na mistura. E é tudo um pouco… estranho. Que está se tornando meio que um tema, não é? Ainda assim, há algo estranhamente hipnótico sobre esta música; como seu protagonista (que confessa que “It’s not the first time I’m watching you passing by…” // “Não é a primeira vez que eu estou vendo você passar…”), ela se senta no fundo quase despercebida, apenas revelando-se depois de algum tempo e múltiplas escutas.
6) 50/50
Com dois minutos e quarenta e cinco segundos, ‘50/50’ é a música mais curta do álbum, ao mesmo tempo em que é a mais barulhenta e sórdida, construída em torno de uma espiral de riffs de rock de garagem que nos lembra Von Bondies (a primeira coisa a nos lembrar dessa banda desde … hmm, vamos te dar um retorno sobre isso). É provável que essa irá se tornar uma das favoritas ao vivo, e possivelmente até mesmo um single no futuro: ela tem o mesmo tipo de ferocidade e intensidade em que ‘Reptilia’ foi abençoada.
7) Slow Animals
Em um álbum cheio de músicas que crescem em você, esta é um pouco “meh”. Na verdade, a música parece ser um pouco “meh” sobre si mesma: meio parece funcionar fora do vapor, e depois de um breve interlúdio de coçar a cabeça, decide que um outro refrão será a tônica para o que o incomoda. Infelizmente, está enganado. Há uma frustrante falta de propósito ou urgência aqui, caracterizada por tentativas de Julian, vocais semi-sussurrados (“You don’t have to be so loud/ Everyone can hear you in this whole damn crowd” // “Você não tem que ser tão barulhento/ Todo mundo pode ouvi-lo nessa maldita multidão”) e essa dinâmica alto-baixo já escutada antes cai novamente.
8) Partners In Crime
Você sabe o que eu amo nessa música? O fato de que quando você escuta através de fones de ouvido decentes, você pode zerar na guitarra de Albert Hammond Jr, que não pára. Como sempre. O homem deve ter pistões no lugar de antebraços. De volta a tempos remotos – quando seus fios de cabelo não impediam o balanço de um afro e ele se movia como um bobblehead sob metanfetamina – este é o tipo de música que seria genocídio para células cerebrais. De qualquer forma, a música em si: é um pouco comum na primeira audição, com guitarras sci-fi sibilando da esquerda e da direita e nenhum refrão reconhecível para definir seu rumo, mas – como tende a ser o caso de ‘Comedown Machine’ inteiro – você eventualmente começa a ver o sentido disso.
9) Chances
Os deveres de composição da banda estão aparentemente um pouco mais espalhados uniformemente nos dias de hoje, mas parece importante que tanto ‘Comedown Machine’ e ‘Angles’ mais frequentemente se assemelham ao trabalho solo de 2009 de Casablancas. Isso não é uma intenção nítida, por sinal – nós realmente gostamos de ‘Phrazes For The Young’. No entanto, “Chances” é uma daquelas canções – como “Games”, a quase-mas-não-muito arriscada em chillwave deles – que é de passos lentos, em maior parte eletrônica e realmente não parece The Strokes. “I waited for you, I waited on you, but now I don’t” (“Eu esperei por você, eu esperei por você, mas agora eu não espero mais”), canta Casablancas naquele novo falsete que ele está tão apaixonado, parecendo ecoar os sentimentos daqueles que já vão ter desistido do álbum neste ponto.
10) Happy Endings
Outro notável corte funky, com mais guitarras que soam como teclados (The Strokes permanecem mestres nesse truque) e dois vocais sobrepostos de Casablancas (um baixo, um alto) implorando-nos “Say no more, just get it all off your chest” (“Não diga mais nada, só tire tudo isso fora de seu peito”). Se temos uma queixa sobre ‘Happy Endings’ é que, com menos de três minutos, ela na verdade parece um pouco curta: a canção parece acabar no momento em que as coisas estão começando a ficar boas. Ainda assim, há queixas piores sobre músicas do que querer um pouco mais deles.
11) Call It Fate, Call It Karma
Honestamente, eu não tenho muita certeza do que chamar isso. Lembra a demo de ‘You Only Live Once’, aquela em que era apenas Julian cantando atordoado sobre um piano elétrico? Bem, começa em algum lugar entre isso e ‘Call Me Back’, mas ela também tem um tom estranho, um tipo de último foxtrot-em-Overlook Hotel acontecendo, com um tma baixo de piano dedilhado, guitarra pegajosa de Alvino Rey e estalos de cilindro de cera acontecendo. Parece que ela foi irradiada diretamente dos anos 1940. O que não é algo que eu pensei que alguma vez fosse dizer sobre uma música dos Strokes, mas aí está.

Um comentário:

  1. Eu estou ouvindo Strokes agora mesmo, mas como eu não sei muito da banda, ainda não ouvi esse . Vou ver este site agora mesmo, haha
    beijos ♡
    likearocklikearoll.blogspot.com

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