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domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Origem... do Carnaval

"Todo Carnaval tem seu fim..."
- Los Hermanos


Há 3 mil anos a maior de todas as festas. Para homenagear Saturno* (o grego Cronos, titã e deus supremo da 2ª geração de deuses da mitologia grega, deus da agricultura e do tempo), os romanos faziam a Saturnália. Durante a festa, escolas não abriam, escravos eram soltos e o povo ia às ruas, onde um carro alegórico em forma de navio abria caminho na multidão fantasiada. Na Idade Média, o Carnaval era chamado de "festa dos loucos". No Renascimento, ganhou força na Itália, França e Portugal, países onde surgiram o pierrot, a colombina, o confete e a serpentina.

O Carnaval se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 antes de Jesus nascer na Terra. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 "d.C.". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. O Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque.

Em geral, o carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. O Carnaval "cristão" surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres. É interessante que várias obras de referência fornecem uma derivação alternativa da palavra “carnaval”. Por exemplo, o Standard Dictionary of Folklore, Mythology and Legend de Funk & Wagnalls, diz: “Explica-se Carnaval como sendo . . . derivado de carrus navalis, carro do mar, um veículo sobre rodas em forma de barco, usado nas procissões de Dionísio (mais tarde em outras procissões festivas) e do qual eram entoadas músicas satíricas de todos os tipos.” Poderia esta derivação da palavra “carnaval”, de carrus navalis, ser a mais exata? Depois de considerar as festas de muitos povos antigos, que apresentavam carroças de navios, danças promíscuas e fantasias e máscaras, Carl Rademacher concluiu que esta derivação “tem muita coisa em seu favor”.

No período do Renascimento, as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual. O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro*. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

Consegue imaginar Jesus Cristo ou seus apóstolos participando nas festas que deram origem ao carnaval, tomando parte nas bebedeiras, na imoralidade e nas danças desenfreadas de tais festas antigas? Se não, como pode uma pessoa ser verdadeiro seguidor de Cristo e participar nas modernas festas carnavalescas? (2 Cor. 6:14-17.)

*em postagem posterior, mostrarei como isso influenciou a origem do Natal.

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